"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” Amyr Klink

sábado, 24 de junho de 2017

Descobrindo o Vale


Um objetivo é sempre bom para incentivar novos desafios. Sempre registrei minhas viagens e analisando vi que já tinha feito quase metade dos municípios de SC. Então pensei nesse projeto que chamei de Abraçando SC onde o objetivo é completar a visita nos 295 municípios do estado.


Também vou aproveitar para registrar com fotos alguns municípios que apenas fiz só de passagem, na maioria aqueles que ficam "só" no caminho.

Inverno, minha melhor estação para viajar, mais agradável, sem suor, tempo mais seco. Como esse final de semana a previsão era de um típico dia de inverno (apesar de um pouco quente), convidei o amigo José Márcio pra fazer algumas cidades do Vale do Itajaí, quase completando 100% da mesorregião.

A pior parte é acordar cedo hehe combinamos 7h30 sair, paramos para um café logo na saída de Blumenau, depois de abastecidos, moto e barrigas, fomos em direção a primeira cidade, José Boiteux.

Seguimos pela vergonhosa BR470 até Ibirama.


Praça de Ibirama

Casa que me lembrou as edificações da região de Puerto Varas no Chile


Estive em José Boiteux em 1987 quando estudava no Colégio Santo Antônio, um projeto de biologia sobre o impacto ambiental da barragem principalmente sobre os índios da região. O coordenador era o Prof. Arno  Wortmeyer, um dos meus melhores professores. Ah, fomos de BMV (Brasília) naquela época, hoje de BMW hehe


José Boiteux
Altitude: 240 m
Fundação: 26 de abril de 1989
População: 4720 hab

Depois de passar pelo centro da cidade seguimos em direção a Vitor Meireles, pelo interior, estradinhas de terra fantásticas. Terapia !


Uma das várias pontes pênsil que encontramos nos caminhos


Barragem Norte 

A barragem teve a conclusão em 1992, fica no Rio Hercílio, tem capacidade de conter 357 milhões de metros cúbicos de água que desaguam no Rio Itajaí-Açu.

antigas edificações da região

Alguns trechos assustaram, mas pela aparência, de longe parecia encrenca com lama, brilhava igual, mas não, seco e firme, bem tranquilo.



Chegamos em Vitor Meireles, onde aproveitamos para toma um café. Em 2009 de M800 custom fomos até Witmarsum, não sei porque motivo não seguimos até Vitor Meireles, acho que já devia ser asfaltado.


Vitor Meireles
Altitude: 370 m
Fundação: 26 de abril de 1989
População: 5150 hab

Cachoeira na beira da estrada, sem mirante.


De Vitor Meireles retornamos até Witmarsum por uma agradável estrada que ainda não tinha feito.


Depois seguimos para Salete, também por terra. Alguns trechos estavam melhor que a BR470...


Salete
Altitude: 500 m
Fundação: 29 de dezembro de 1961
População: 7360 hab


Ao chegar paramos perto da prefeitura onde tinha uma ação muito legal de coleta de lixo eletrônico. Zé aproveitou pra conversar com a Prefeita, Solange Schlichting, a Chica, muito simpática. O volume de lixo era grande, o objetivo é a educação para que não haja descarte dos mesmos que acabam uma hora ou outra indo parar nos rios, e isso ajuda a alagar a região. Parabéns pela iniciativa !




Como já era perto do meio-dia aproveitamos pra almoçar por ali.


Seguindo a dica do motociclista Alcir que encontramos por lá e ficamos batendo um bom papo, fomos até o morro do Santuário.




passagem por Taió

Depois de Taió pegamos uma estrada de terra até Mirim Doce, caminho muito bonito.



Mirim Doce
Altitude: 397 m
Fundação: 26 de setembro de 1991
População: 2500 hab


A saída da cidade para a BR470 era pra ser de asfalto, mas é uma piada, de mal gosto, horrível.
Paramos em Pouso Redondo pra fazer uma foto do centro, pois só tinha foto do posto Scoz da pista que temos costume de parar.


Quando fui visitar as antigas estações da EFSC passei perto do Braço do Trombudo, mas nunca fui ao centro, então precisava passar por lá também.


Voltamos para a BR470, isso ali tá um inferno, crateras, trechos enormes com asfalto todo corroído, uma Merda! Muito perigosa, os caminhões avançam na contramão para desviar dos buracos, motoristas imprudentes de final de semana aumentam ainda mais o risco. Até quando isso ?!?!?!

Laurentino já tinha passado quando visitei Rio do Oeste, mas não tinha feito foto, então toma lá.


Assim finalizamos o roteiro do sábado. Obrigado novamente José Márcio pela sempre agradável parceria.

Contabilizando a viagem:

Trajeto: 384 km

11 cidades que passamos pelo centro: Apiúna, Ibirama, José Boiteux, Vitor Meireles, Witmarsum, Salate, Taió, Mirim Doce, Trombudo Central, Braço do Trombudo, Laurentino

05 cidades ainda não visitadas: José Boiteux, Vitor Meireles, Salate, Mirim Doce e Braço do Trombudo






sábado, 3 de junho de 2017

Floripa - Caminhos da América 6


Tem algumas pessoas que são admiráveis por algum motivo, outras por vários... Vantuir Boppre é uma dessas. Gente boa demais e um profissional espetacular. O conheci alguns anos quando fiz o curso de off-road (veja aqui), lá comprei o livro que ele escreveu da sua aventura na Transamazônica e também o primeiro DVD da série Caminhos da América. Dali pra frente nos tornamos amigos e eu um grande fã dele...


Fica a dica, assistam todos os DVDs. Meu preferido era o segundo, o do Vale das Lágrimas (ele vai até os escombros do avião que caiu nos Andes com a Equipe de rugby uruguaia), falo segundo pois esse agora do lançamento é pra lá de fantástico.

Site para adquirir esse os outros dvds www.onomade.net

Sábado a noite estava agendado o lançamento desse novo DVD Caminhos da América 6 - Ruta Austral, então já me programei pra ir. Por sorte a previsão de chuvas errou o fim de semana foi quase seco.

Saímos de Blumenau no sábado perto do meio-dia, eu, Adelar, Sávio e sua esposa Suzi. Nos encontramos na BMW Top Car para tomar um café e dali tocamos embora.


Paramos em Itapema para almoçar no Recanto Fábio, antigo Recanto da Sereia, bom e caro como sempre.

Fomos direto para o Hotel São Sebastião da Praia onde seria o evento e que já reservamos para dormir, assim poderia tomar uma cerveja sem me estressar com deslocamento depois. Álcool e moto não combinam de maneira nenhuma !

Fomos recepcionados pela Rafa (esposa do Vantuir) que estava por lá organizando as coisas, sempre atenciosa. Depois de nos acomodarmos, fomos nos reunir pra dar uma volta. Encontramos no estacionamento com o Jackson Feuback e o Bocão, parceiros do Vantuir nas aventuras do Caminhos da América, o Haissem Ejje (apresentador do programa Estilo Radical - www.estiloradical.com.br) e dois motociclistas do oeste catarinense o Fernando Biolcki e o William Zanardi, estavam indo fazer umas filmagens legais de Floripa, nos convidaram e fomos junto.


Seguimos para o Ribeirão da Ilha, praia linda que fica de frente para o continente. Ali tem vários restaurantes, um que conhecia é o Ostradamus localizado numa antiga casa da vila e entrando ao mar por um trapiche coberto, muito legal. Também tem ali perto cafeterias com doces portugueses deliciosos. Paramos para algumas fotos e depois seguimos até o final da via, ponto mais ao sul da ilha.

Ribeirão da Ilha                      

Ribeirão da Ilha é um distrito da cidade de Florianópolis, de 1809, o segundo mais antigo de Florianópolis, depois de Santo Antônio de Lisboa (1751).
Considerado o maior produtor de ostras do Brasil, ali também se preservam tradições como a Festa de Nossa Senhora da Lapa, a produção das rendas de bilro, das canoas e baleeiras, dos balaios e cestos de cipó.
Arquitetura colonial portuguesa, constituído pelas casas geminadas, alinhadas na rua fronteira ao mar e dispostas ao redor da pracinha, tendo a igreja na cabeceira. A Igreja de Nossa Senhora da Lapa, Sé da Paróquia, foi inaugurada em 1806, construída pelos senhores e seus escravos, em alvenaria de pedra, cal e azeite de baleia, vindo da Armação.

opa, olha ali o 1933


A ideia era pegar uma estrada de terra que atravessa a ilha de oeste para leste, indo até a praia do Pântano do Sul, mas como já estava escurecendo não fizemos. Voltamos para o hotel.

Antes do evento comemos um petisco no hotel mesmo, camarão, isca de filé e parmesão a milanesa, estava bem gostoso.

Na entrada do salão foi feita uma exposição de fotos das aventuras do Vantuir, ficou muito legal, fotos da América toda, uau !

Começou a chegar o pessoal e não parava mais, caramba, deu mais de 220 pessoas, merecido público. Tudo estava bem organizado, um músico de muito bom gosto tocando ao vivo, um coquetel gostoso, muito papo de moto e viagens. Foi feita uma apresentação do DVD, do pessoal que participou das aventuras, trechos de videos das viagens. Curtimos muito.


Depois fomos pra fora, o ambiente do hotel é bem legal, muito arborizado, piscina, quiosque. Ficamos por lá batendo papo até tarde. Me despedi do pessoal e fui deitar pra sairmos domingo cedo, pois a previsão era muita água.

Acordamos pelas 7h30 com trovões enfurecidos, céu ao sul negro, feio mesmo... chegou a cair uma gotas grossas enquanto nos arrumávamos, mas depois parou. Nos arrumamos e partimos.
Para nossa boa surpresa, chegamos secos em casa !!!